Como estudar faltando menos de 30 dias para o Enem

Agora falta pouco. Em cerca de um mês, mais de 5 milhões de estudantes farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018. Desde que passou a ser usado como critério de seleção de diversas universidades públicas e privadas, além de ser requisito para programas como o Sisu, o Prouni e o Fies, a prova se tornou o maior vestibular do país.

Com toda a sua relevância, o Enem não é uma prova fácil. Com seus dois dias de provas, 180 questões, e ainda uma redação, o exame é quase uma maratona. Mas não há motivos para se desesperar. Para ajudar você a enfrentar da melhor forma essa prova, separamos algumas dicas de como se preparar para o exame. Confira as nossas dicas e boa sorte!

O estudo na reta final

O mais importante é saber organizar o seu tempo. Se até o Enem teremos quatro semanas, é importante programar os estudos e definir quais matérias vão ser estudadas em cada dia. Não adianta desperdiçar tempo e esforços com aqueles tópicos nos quais sempre teve dificuldades, assim como também não dá para focar só no que já domina. Qual é a solução, então? Não há segredo: treinar. Nas próximas semanas, invista o máximo em dominar a prova e o que ela espera de você. Veja abaixo o passo a passo:

 Resolva provas anteriores: Aproveite as últimas semanas para refazer o máximo de provas antigas possível. “Como o Enem apresenta uma matriz específica de competências e habilidades à qual os conteúdos estão relacionados, as provas de cada ano têm um modelo bastante parecido e os conteúdos mais cobrados sempre se repetem”, explica a professora Ana Paula Dibbern, do cursinho Maximize.

Além disso, é a oportunidade de ver se, resolvendo os exercícios, você acaba percebendo algum tema que ainda precisa ser revisado uma última vez, ou algum tópico que precisa ser mais exercitado.

Escreva uma redação por semana: Ao pegar as provas anteriores, separe as propostas de redação e reserve um tempo para fazer pelo menos uma por semana. “É importante que a sua redação seja lida por alguém, de preferência um professor que possa avaliar os critérios cobrados pelo Enem para a redação”, avalia a professora. Procure sempre ficar atento às cinco competências exigidas pelos corretores, especialmente a proposta de intervenção, que pode ser uma pegadinha para os mais desavisados.

Elabore uma estratégia para a prova: O segredo é entender como funciona a Teoria de Resposta ao Item (TRI), método usado na correção do Enem. Por este método, fica muito mais difícil chutar, já que ele avalia a coerência da prova: se uma pessoa acerta muitas questões consideradas difíceis e poucas fáceis, o sistema aponta que há ali um problema (afinal, quem acerta as difíceis também acertaria as fáceis) e tira pontos do candidato. Portanto, vale mais a pena dedicar-se a responder primeiro as questões fáceis, depois as médias e depois as difíceis. Vale a pena fazer uma leitura geral da prova, antes de começar, para avaliar quais dá para responder na hora e quais devem ser deixadas para depois.

Outra boa escolha para a prova é checar o peso dado para cada área na nota da universidade no Sisu ou no ProUni. “Há opções de curso em que a redação tem peso 3, por exemplo. Assim, você pode avaliar por qual área começar no grande dia”, explica Ana Paula Dibbern.

Como sempre, um dos focos principais é a redação, já que uma boa nota nesta área pode puxar toda a sua média para cima. “Reserve tempo suficiente e com certa folga para fazer o seu texto. Uma boa opção é rascunhar a redação no início, resolver as questões de uma das áreas, ou mesmo das duas, e então voltar ao texto. Se você começar a prova um pouco nervoso, talvez seja melhor fazer parte das questões e depois, mais calmo, fazer a redação. Teste essas opções ao fazer o simulado com a prova anterior em casa”, diz a professora.

Observe suas fraquezas: Como falamos antes, durante a resolução das provas antigas, você pode acabar se deparando com um conteúdo ou outro que não esteja tão bem assimilado, além de checar como ele está sendo cobrado pela prova. Essa é a melhor oportunidade para observar suas fraquezas na prova, aquelas matérias com que você não se deu tão bem durante o estudo. Mas lembre-se: não dá mais tempo de assimilar profundamente algo novo. Se não aprendeu nada durante o ano sobre aquilo, dificilmente vai adiantar, agora, se debruçar sobre o assunto. Procure focar os esforços em matérias pouco solidificadas, mas já apreendidas, e em outras que estão precisando de uns exercícios a mais.

 

Os conteúdos que mais caem

Área O que mais cai
Ciências Humanas e suas Tecnologias – Democracia e Estado (movimentos sociais e poderes)
– Identidade nacional (cultura e patrimônio)
– América colonial
– Independência do Brasil
– Século XX no Brasil (Ditadura e Era Vargas)
– População, economia e transportes no Brasil
– Urbanização e estrutura agrária
– Problemas ambientais, climas e biomas
Ciências da Natureza e suas Tecnologias – Ecologia e problemas ambientais
– Química orgânica
– Genética e evolução
– Dinâmica, ondas e eletricidade
– Citologia, anatomia e fisiologia
– Cálculos químicos
– Materiais e ligações químicas
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Interpretação de textos
– Literatura (Modernismo, Romantismo e Realismo)
– Tecnologias da informação
– Diversidade e preconceito linguístico
Matemática e suas Tecnologias – Razão, proporção e regra de três
– Geometria
– Estatística e probabilidade
– Aritmética básica
– Equações do primeiro grau e funções

 

Consultoria: Cursinho Maximize / profs. Ana Paula Dibbern, Tony Manzi, Alexandre Linares e Paulo Sugiyama

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